É com algum choque que temos vindo a constatar que as campanhas de crédito pré-aprovado, não solicitado, estão de novo de regresso e em força. O último exemplo é o da Caixa Geral de Depósitos que, através do mail newsletter[arroba]CGP.pt está a proceder a ofertas não solicitadas de crédito ao consumo, a 48 meses, em plena época natalícia a (alguns?) clientes. Mas não é caso único, outros bancos estarão já com práticas simulares no terreno.
O marketing é agressivo, o apelo hedonista exacerbado e as facilidades oferecidas quase irresistíveis, com taxa de juro competitiva num mercado onde, para clientes “não especiais”, o mesmo banco oferece taxas de 16,1% para o mesmo prazo. Ainda assim, o princípio que no passado foi tão criticado por induzir crédito de risco e/ou numa escala macroeconomicamente indesejável parece ter renascido.
Não é preciso pedir dinheiro ao banco, ele trata de fazer a análise de risco e de oferecer aquele crédito que o cliente não tinha consciência de que precisava numa atitude comercial de inteligência artificial avant la lettre.
Outros anunciam os serviços e as possibilidades de crédito mais ou menos genéricas, mas o seu banco envia-lhe um email com crédito de cinco ou mais dígitos a pagar em módicas prestações.
Cuidado!
A este propósito não deixe de ler o nosso artigo Finanças Pessoais: Crédito como ameaça, à espera de uma crise
Vergonhoso!