Com a difusão do Boletim Económico de dezembro de 2016, o Banco de Portugal revê as suas projeções económicas para Portugal relativas a 2017 e 2018 e apresenta as primeiras projeções para os grandes agregados macroeconómicos relativas aos ano 2019.
Em termos genéricos, o Banco de Portugal espera que a economia portuguesa continue a acelerar ligeiramente o seu ritmo de crescimento, esperando que a taxa de desemprego se fixe num valor inferior a 10% a partir do ano 2018. Note-se contudo que o Banco de Portugal está agora menos otimista face a 2017 (reviu o crescimento em baixa duas décimas) mantende a previsão para 2018 (1,5%) face “a previsão de junho de 2016.
Projeções económicas para 2017, 2018 e 2019
O Banco de Portugal espera que a economia portuguesa registe um aumento do ritmo de crescimento em 2017 e 2018, estabilizando nos 1,5% em 2019. Para a manutenção desta crescimento o Banco de Portugal atribuiu peso mais relevante à componente externa (exportações líquidas) do que à interna (procura interna) ainda que ambas registem crescimentos reais nos próximos três anos.
Particularmente significativa é a expectativa de retoma da formação bruta de capital fixo (uma das componentes do investimento) para um patamar que deverá rondar os 4% a 4,5%. O consumo público deverá abandonar o terreno negativo, mas deverá manter um ritmo de crescimento muito moderado.
Quanto à taxa de desemprego, sublinha-se o destaca dado pelo próprio Banco de Portugal ao passar a incluí-la diretamente na sua tabela de projeções para o quadriénio 2016-2019. A expectativa do Banco é de que esta continue a diminuir de forma clara em todos os anos, passando de 12,4% em 2015 para 8,5% em 2019.
Relativamente à inflação (ou ao IHPC que é um indicador ligeiramente diferente) o Banco de Portugal espera uma aceleração para 1,4% em 2017 e uma estabilização nos 1,5% em 2018 e 2019.
Pode ler a publicação aqui a versão completa do Boletim Económico de dezembro de 2016 (51 páginas).