De facto, comprar casa é cada vez mais caro, algo que acontece nas habitações novas mas, em especial, nota-se no preço das casas usadas. Pelo décimo trimestre consecutivo, o preço dos imóveis para habitação está a aumentar e esse aumento acelerou no 1º trimestre de 2016.
Preço das casas usadas
Analisando a informação relativa ao Índice de Preços da Habitação divulgado pelo INE (1º trimestre de 2016) constata-se que o preço das casas usadas está a crescer 7,9% no primeiro trimestre de 2016 face a idêntico período no ano anterior. Segundo o INE, a compra de casas usadas representava cerca de 81% do total dos 29 464 alojamentos transacionados entre janeiro de março de 2016.
Note-se que o crescimento homólogo de 7,9% no preço das casas usadas é a observação mais elevada da série iniciada em 2009.
Em termos globais, os preços das casas vendidas aumentaram 6,9% em termos homólogos com o ritmo de crescimento das habitações novas a manter-se praticamente o mesmo patamar do trimestre anterior (cresceu 4,8% no 4º trimestre de 2015 e 4,7% no 1º trimestre de 2016).
Ainda segundo o INE, o valor das vendas realizadas no primeiro trimestre de 2016 totalizou € 3,4 mil milhões ou seja mais de 13% do que em igual período de 2015 correspondendo ao mais elevado número de transações desde o 1º trimestre de 2010.
Evolução entre 2009 e 2016
Entre 2010 e finais de 2012, o Índice de Preços da Habitação revelou uma contração muito expressiva dos preços das habitações tanto novas como usadas ou existentes. A queda dos preços foi contudo um pouco mais intensa entre a habitação existente tendo acumulado ao longo desses três anos uma perda de valor mais importante.
Em 2013, o mercado regressou às valorizações expressivas que, contudo, foram fortemente atenuadas em 2014. Nesse ano os preços das habitações novas transacionadas chegaram mesmo a registar alguns períodos de contração em termos homólogos. O ano 2014 trouxe então a novidade do preço das casas usadas ter ultrapassado em dinamismo o perfil de evolução do preço das casas novas, uma realidade que se manteve em 2015 e se prolonga para 2016.
O crescimento homólogo dos preços das casas transacionadas apurado no primeiro trimestre de 2016 é o mais elevado desde o início da série divulgada pelo INE, ou seja, desde o 1º trimestre de 2010.
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