A economia portuguesa foi a que mais cresceu, ex-aequo com a Búlgara, entre as 21 economias da União Europeia sobre as quais já há dados relativos ao crescimento económico do terceiro trimestre de 2016. Quando se comparam o PIB do segundo com o do terceiro trimestre apura-se a variação em cadeia do PIB e foi neste indicador que a economia portuguesa superou as expectativas e registou um crescimento de 0,8%, valor que compara com uma estimativa de 0,3% para a Zona Euro e com outra de 0,4% para a União Europeia a 28.
Quanto à variação homóloga que compara o PIB de um trimestre com o do mesmo trimestre do ano anterior o PIB português cresceu 1,6% quase duplicando o valor registado no segundo trimestre. A Zona Euro terá crescido também ao ritmo de 1,6% entre 2015 e 2016 tendo a União Europeia a 28 crescido 1,8%.
Comparando com o nosso principal parceiro económico verifica-se que a economia portuguesa se encontra em franca aceleração tendo crescido ligeiramente mais entre o segundo e o terceiro trimestre de 2016 do que a espanhola. Para atingir o crescimento anual registado em Espanha, Portugal terá de manter este ritmo de crescimento durante mais alguns trimestres. Para já, em termos homólogos, a economia espanhola está a crescer duas vezes mais depressa do que a portuguesa, ainda assim, convém recordar que no segundo trimestre, o diferencial de ritmo de crescimento entre os dois países era quase o dobro do atual com a economia espanhola a crescer 2,8 vezes mais depressa do que a economia portuguesa.
Estes dados baseiam-se na estimativa rápida do INE devendo ser conhecidos dados mais completos, nomeadamente mais detalhes que justificam esta evolução no final do mês de novembro de 2016.
Neste momento a economia portuguesa estará a crescer, em termos anuais a 1,2%, precisamente a previsão (revista em baixa) pelo governo que inscreveu recentemente no enquadramento macroeconómico relativo ao orçamento do estado para 2017. Este valor supera a generalidade das projeções feitas a nível internacional.
