Inflação não crescia tão pouco desde março de 2015. De facto, depois de em abril ter acelerado de 0,4% para 0,5%, a variação homóloga de maio do índice de preços no consumidor voltou a desacelerar fixando-se nos 0,3%. Desde março de 2015, mês em que os preços também aumentaram 0,3% que não se registava uma evolução tão modesta.
Recorde-se que no recente boletim económico do verão de 2016 o Banco de Portugal reviu em alta a sua estimativa para a taxa de inflação em 2016, dos 0,5% para os 0,7%. Para já, o indicador comparável, ou seja, a variação média anual dos preços no consumidor é de 0,6% segundo os dados mais recentes no INE aqui divulgados tendo inclusive descido uma décima entre abril e maio.
O que justifica a desaceleração dos preços em Maio de 2016?
O INE avança que:
“A um nível mais desagregado, por classes de despesa, são de destacar as diminuições das taxas de variação homóloga da classe do Vestuário e Calçado (classe 3) e dos Transportes (classe 7), com variações de -0,8% e -1,3%, respetivamente (variação nula e de -0,9% no mês anterior). Em sentido oposto, assinala-se o aumento da taxa de variação homóloga da classe dos Restaurantes e Hotéis (classe 11) e do Lazer, recreação e cultura (classe 9) com variações de 2,2% e 0,9% respetivamente (2,0% e 0,7% em abril).
Nas classes com contribuições negativas para a variação homóloga do IPC salientam-se a dos Transportes (classe 7), sobretudo devido à diminuição dos preços do subgrupo relativo aos combustíveis, e da Saúde (classe 6). As classes com contribuições positivas mais relevantes foram a dos Restaurantes e Hotéis (classe 11) e a das Comunicações (classe 8).”
Inflação subjacente:
Note-se que excluindo os combustíveis e produtos alimentares não transformados, a inflação (chamada de inflação subjacente) manteve-se acima da variação homóloga do indicador global: 0,8% contra 0,3%, respetivamente.
Pode encontrar dados mais detalhados junto com o destaque no INE (aqui).
Muito interessante. Para quem tiver curiosidade sobre o tema inflação, existem alguns bons artigos sobre inflação no site granagrana.com.
Abraços