Segundo os dados de abril de 2016 do INE relativos aos Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores, o saldo entre as opiniões recolhidas entre os empresários dos vários sectores de atividade da economia portuguesa revelam um indicador de clima económico em alta. De facto, oO indicador de clima económico aumentou entre fevereiro e abril, contrariando cinco meses que quedas que se haviam registado anteriormente. No mês de abril, a evolução positiva foi suportada pela melhoria da confiança entre os empresário dos Serviços e do Comércio.
A degradação das expectativas na Indústria (muito condicionada pela componente externa) foi assim mais do que compensada pela evolução dos restantes setores de atividade. Note-se que o setor da construção e obras pública manteve os níveis de confiança que se encontra num nível baixo, arrastando por um fundo do qual parece não conseguir sair desde o início do século XXI. Ainda assim encontra-se presentemente num patamar significativamente mais elevado do que o que havia registado no auge da última crise no ano 2012/2013.
Que se passa com os consumidores?
O INE destaca que a diminuição do indicador de confiança registada em abril surge na sequência de dois meses de estabilização “interrompendo a tendência ascendente observada desde o início de 2013”. Olhando para as componentes do Indicador o INE identifica o “contributo negativo do saldo das perspetivas relativas à evolução da situação económica do país e da situação financeira do agregado familiar e da poupança”. Quanto às perspetivas da evolução do desemprego regista-se uma estabilização.
Poderemos estar perante uma inversão de tendência?
Trimestralmente o INE acrescenta algumas questões ao seu inquérito mensal que inquirem sobre intenções futuras e os dados recolhido em abril de 2016 indiciam que não devemos estar perante uma mudança de tendência, perspetivando-se uma melhoria da confiança para os próximo meses. Vejamos o que diz o INE sobre estas perguntas adicionais recolhidas em abril:
“O saldo das expetativas de compra ou construção de habitação aumentou em abril, atingindo o valor máximo desde abril de 2011.
As perspetivas de realização de grandes gastos com melhoramentos na habitação recuperaram nos dois últimos trimestres, atingindo também o valor máximo desde abril de 2011.
No mesmo sentido, o saldo das expetativas de compra de automóvel aumentou nos dois últimos trimestres, registando o valor máximo desde outubro de 2010.”