Se quer conhecer melhor um determinado sector de atividade e analisar a evolução recente esta informação ser-lhe-á particularmente útil. O INE apresentou as estatísticas preliminares das empresas em Portugal relativas a 2015 e com isso procedeu à revisão das séries cronológicas sectoriais desde 2008. Esta alteração deve-se à actualização do sistema de contas utilizado.
O INE utilizou o Sistema de Contas Integradas das Empresas (SCIE) incluindo a implementação do Sistema Europeu de Contas, SEC2010 substituindo assim o SEC1995. No seu destaque à comunicação social, o INE apresenta algumas das principais alterações introduzidas.
Empresas não financeiras em Portugal 2008-2015
Além do destaque, o INE oferece aos utilizadores um conjunto vasto de séries cronológicas com os principais indicadores económicos e patrimoniais das empresas não financeiras em Portugal, entre 2008 e 2015 que permite conhecer o tecido empresarial português e a sua evolução ao nível sectorial.
O principal destaque feito pelo INE relativo ao ano de 2015 a nível sectorial prende-se com a agricultura e com o alojamento e restauração. Eis exatamente o que escreve o INE sobre este tópico:
Os setores da Agricultura e pescas e do Alojamento e restauração foram os que registaram crescimentos mais significativos nos principais indicadores económicos.
No setor do Alojamento e restauração, essa evolução traduziu sobretudo a dinâmica das empresas classificadas nas atividades Estabelecimentos hoteleiros com restaurante e Restaurantes os que mais influenciaram o setor.
Em termos sumários, para o conjunto da economia, o ano de 2015 revelou um aumento do número de pessoas aos serviço de 2,6% e um aumento do valor acrescentado bruto (VAB) das empresas não financeiras, em termos nominais, de 4,8% face ao ano de 2014.
Ainda quanto a evolução entre 2014 e 2015, as Pequenas e Médias Empresas (PME) destacaram-se por registar uma dinâmica maior do que a apurada para as grandes empresas nacionais, tanto em relação à evolução do volume de negócios quer em relação ao VAB. Em termos de VAB o crescimento das PME foi de 5,4% o que compara com 3,9% nas grandes empresas.
Quanto ao número de pessoas ao serviço o crescimento entre as grandes empresas foi mais do dobro (4,8% contra 2,0%) do que o registado entre as PME. Houve também um aumento do número de empresas classificadas como grande empresas (3,7%) muito mais expressivo do que o registado entre as PME (0,4%) o que ajudará a explicar o aumento significativo do número de pessoas ao serviço.
Mais informação:
Mais detalhes interessantes no sítio do INE, nomeadamente sobre indicadores como:
Autonomia financeira, Debt to equity, Endividamento, Gastos com o pessoal por pessoa ao serviço, Peso do Excedente Bruto de Exploração no VAB, Peso dos gastos com o pessoal no VAB, Produtividade aparente do trabalho, Remuneração média mensal, Rendibilidade do ativo, Rendibilidade do capital próprio, Rendibilidade das vendas , Taxa de investimento entre outros.
Esses números não podem estar corretos, ou estando, são baseados em falsidades reportadas pelas empresas.
Se o volume de negócios é 330 416 360 e na legenda ainda diz que isto se multiplica por 10^5 (100 000), isso dá:
33 041 636 000 000 Euros, ou seja, 33 biliões de € (na notação Europeia).
Depois a coisa fica mais estranha quando o valor dos gastos com pessoal é 46 708 234 e na legenda diz que deve multiplicar por 10^6 para chegar ao valor em Euros, ou seja:
46 708 234 000 000 Euros, ou seja, 46.7 biliões de €.
Ou seja, estarão segundo essa estatística a gastar mais com pessoal do que aquilo que facturam em volume de negócios.
Depois o quadro fala em 3 537 845 pessoas ao serviço, o que dá uma média de 13 202 453.47 Euros por pessoa, ou seja, uma média de 13 milhões de € por trabalhador.
Estamos a falar de Portugal, um país com um modelo económico baseado em baixos salários, e com um PIB total de cerca de 180 mil milhões, o que dá, em riqueza brutal produzida por trabalhador, num total de 4 milhões 587 mil pessoa empregadas em Portugal, uma média de cerca de 39 mil 241 €.
Finalmente a imagem alegadamente terá dados de 2015 e compara-os com 2014, enquanto na vossa legenda dizem que os dados são do período 2008 a 2015.
Resumindo e concluindo, há aqui muita coisa mal explicada neste artigo.