Classe Média - Dados de 2016

Queda de preços dos combustíveis reequilibra balança comercial em julho 2015

Depois de dois meses de agravamento do desequilíbrio da balança comercial as exportações registaram no trimestre terminado em julho de 2015 um ritmo de crescimento superior aos das importações: 6,0% contra 3,8%. Isto permite recuperar uma fração da taxa de cobertura perdida anteriormente fixando-se agora nos 83,9%. Note-se contudo que este reequilíbrio coincide com uma forte desaceleração das importações (muito à conta da redução dos preços dos combustíveis). As importações tinham subido 9,0% no trimestre terminado em junho. Por outro lado, ocorreu também uma desaceleração menos intensa nas exportações (cresceram 7,4% em termos homólogos no trimestre terminado em junho). Entre as exportações o INE destaca o sucesso das Máquinas e aparelhos, produtos Agrícolas e Plásticos e borracha sinalizando, ainda assim, a existência de uma evolução positiva em vários setores.

O comércio internacional desacelera em termos homólogos trimestrais e fá-lo de forma ainda mais expressiva, também em termos homólogos, mas a nível mensal. No último mês de que há registos o INE destaca:

“Em julho de 2015, as exportações de bens aumentaram 5,6% e as importações de bens diminuíram 1,1% face ao mês homólogo (+8,9% e +6,5% em junho de 2015, respetivamente).”

Para esta evolução, em particular das importações, terá contribuído uma forte queda das importações de combustíveis minerais em valor com forte impacto da redução dos preços dos combustíveis. O INE informa adicionalmente que, “excluindo os Combustíveis e lubrificantes, em julho de 2015 as exportações aumentaram 5,7% e as importações 5,5% (respetivamente +10,9% e +14,5% em junho de 2015)“, ou seja, sem combustíveis, Exportações e Importações terão crescido a ritmo praticamente iguais.

Em relação a julho, o INE indicam mesmo que, nas relações com os países extra-comunitários (tipicamente de onde importamos crude):

“As importações diminuíram 14,5% (-13,4% no mês anterior), essencialmente devido aos Combustíveis minerais (em especial Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos) e em resultado do comportamento dos preços de importação de petróleo bruto (crude).”

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