Depois do Government at a Glance que destacamos no artigo “Estado português é o mais pequeno da União Europeia face ao emprego total (OCDE)“, a OCDE continua a divulgar os seus relatórios anuais, sucedendo-se agora o OECD Employment Outlook 2015.
Nas quase 300 páginas, um dos indicadores mais curiosos, ainda que não sendo verdadeiramente surpreendente, será o número médio de horas trabalhadas por trabalhador em cada país da OCDE. De entre os países da Zona Euro, a Alemanha destaca-se como o país com menor número médio de horas trabalhadas. Portugal fica na metade mais “trabalhadora” da tabela, sendo superado pelos três países bálticos, pela Grécia e pela Eslováquia. A Grécia é assim, dos países que está há mais de uma década no Euro, aquele onde o número médio de horas trabalhadas é mais elevado.
Um destaque para o mote desta publicação da OCDE: Jobs outlook improving slowly but millions risk being trapped at bottom of economic ladder. Ou, em português, “Empregos a melhorar lentamente mas milhões em risco de ficaram aprisionados no fundo do ascensor económico“.
Comentário: a capacidade de geração de valor acrescentado pelos sectores dominantes da economia em cada país (o tipo de especialização produtiva) e os diferentes impactos nas respetivas economias que os choques externos e interno à Zona Euro provocam e provocaram, em especial desde a criação do Euro, deverão ser melhores fatores para explicar a atual diferença na situação económica dos países do que o número de horas que cada trabalhador labora. A isto acrescem diferentes recursos naturais, diferentes percursos históricos, culturais e políticos. Mas, por este indicador, é evidente que nem os gregos são mais pobres porque são preguiçosos, nem os alemães são mais ricos porque trabalham mais do que os outros. O mesmo se aplica aos portugueses que, pelas horas trabalhadas, estão longe de corresponder ao preconceito popular no norte da Europa sobre uma suposta dolce vita a sul de férias, feriados e curtas jornadas. Dados aqui => OCDE Labour.
O artigo foi revisto a 10 de julho de 2015.
Só uma correção – a Grécia não é um dos países fundadores do Euro. O euro nasceu em 1999 e a Grécia só entrou em 2001 (ainda assim antes da entrada em circulação da moeda física).
Vão trabalhar alemães calões! O governo “saca” aos seus cidadãos quase 50% daquilo que eles ganham, para alimentar a classe politica. Uma vergonha. Corrompendo económica e politicamente os outros países é fácil ser “grande”. Uma politica de vergonha. A banca tem um saldo positivo com os empréstimos que fazem aos paíse do sul da europa….estratégia de sangue suga. Quem o diz são os próprios politicos alemães……..seguramente sabem-no porquê.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Etapas_do_alargamento_da_Uni%C3%A3o_Europeia