O indicador de confiança dos consumidores, após três 3 meses de queda, recuperou. É esse o resultado da média dos últimos três meses (na qual se integra uma diminuição na observação de julho). Com isto o indicador regressa aos recordes, fixando-se no valor mais elevado desde abril de 2002. Um resultado com uma leitura difícil em termos absolutos se compararmos a situação económica das famílias em termos quantitativos e não qualitativos entre os dois períodos e que serve para não esquecer o carácter qualitativo deste indicador, sendo a sua maior força o sentido de evolução e não tanto o nível. Mas mesmo quanto ao sentido de evolução há potenciais riscos associados ao perfil da atual crise económica. Note-se, por exemplo, que no caso de um forte movimento de saída da população ativa, esses emigrantes potencialmente entre os mais desiludidos no país, deixam de poder ser incorporados no painel deste inquérito, podendo gerar-se um viés cuja magnitude é difícil de medir.
Quanto às empresas o balanço global dos quatro sectores, medido pelo indicador de clima, é marginalmente positivo, com a confiança em alta no comércio e ligeiramente mais positiva na construção e obras públicas, enquanto está em queda na Industria Transformadora e nos Serviços.
O INE atualiza a informação relativa aos Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores 28 de agosto de 2015