No trimestre terminado em maio de 2015 as exportações continuaram a aumentar (+8%) ainda que a um ritmo ligeiramente mais baixo do que no trimestre terminado em abril (8,2%) mas mais significativa é a evolução das importações que aceleraram de +7,7% em fevereiro-abril (revisto de 7,4% pelo INE nesta edição) para 11% em março-maio, o ritmo de crescimento num trimestre mais elevado desde o trimestre terminado em fevereiro de 2011, há mais de 4 anos.
Naturalmente, o saldo da balança comercial ressente-se com as compras a crescerem bem acima das vendas e o desequilíbrio da balança comercial portuguesa agravou-se.
Os dados específicos do mês de maio não são mais animadores. Na realidade o ritmo de crescimento das importações em maio foi quase o dobro do registado nas exportações (+6,2% contra + 3,5%).
Em termos geográficos, foram os grandes volumes de importação de provenientes de fora da União Europeia que contribuíram decisivamente para o desequilíbrio agravado da balança comercial. Eis o que refere o INE na sua nota ao publico:
“Em termos das variações homólogas mensais, em maio de 2015 as exportações aumentaram 3,5%, devido ao Comércio Intra-UE (em especial devido aos Veículos e outro material de transporte e Combustíveis minerais), dado que se registou uma redução no Comércio Extra-UE. As importações aumentaram 6,2%, em resultado da evolução tanto do Comércio Intra-UE como do Extra-UE, refletindo sobretudo o acréscimo registado nos Veículos e outro material de transporte. Excluindo os Combustíveis e lubrificantes, em maio de 2015 as exportações aumentaram 1,1% e as importações aumentaram 6,4% (respetivamente +5,3% e +13,1% em abril de 2015).”
A taxa de cobertura situou-se em 81,3%, caindo 2,2 pontos percentuais face ao período homólogo e o défice da balança comercial fixou-se nos €-2 965,8 milhões desde o início de 2015.