Segundo se lê no Jornal Expresso (ver “Hollande quer apenas seis países num Governo da zona euro“) o presidente Francês irá propor muito em breve aos seus parceiros da Zona Euro que seja criado um governo, um orçamento e um parlamento da Zona Euro do qual farão parte apenas os seis países fundadores da União Europeia (França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda e Luxembrugo – a “vanguarda” da Zona Euro na expressão de François Hollande).
Recorde-se que Zona Euro tem neste momento 19 países, dos quais 13 não teriam assento nas novas instituições. A principal instituição da Zona Euro é atualmente o Banco central Europeu na qual têm acento, de forma rotativa, os governadores dos bancos centrais dos 19 países.
A proposta francesa viria assim a consagrar um regime de várias velocidades no projeto europeu dentro da própria Zona Euro, aproximando-se de um modelo colonial onde a periferia não teria paridade de poder e intervenção nas tomadas de decisão que condicionam a evolução da moeda comum, naquilo em que esta é condicionada pela política orçamental.
Este é certamente um tema que iremos acompanhar. Note-se que o ministro das finanças alemão já expôs de forma igualmente sumaria algumas das suas propostas sobre o redesenho da Zona Euro que podem ser compatíveis com esta proposta do presidente francês. Em breve deverá seguir-se um período de debate europeu.
A actualmente designada por União Europeia,é um trágico absurdo sócio – económico e politico que fez regredir algumas décadas, os países menos desenvolvidos, mas que é possível corrigir. Para isso, é preciso que esses países voltem ás suas moedas próprias, recebendo, financiamento, a título gratuíto, dos países mais ricos, apenas para financiamentos e importações até que a paridade em poder de compra seja paritário em toda a União.