Segundo os dados mais recentes do Banco de Portugal, a Dívida pública volta a subir: €290.033 milhões. Trata-se de um aumento de cerca de €1,3 mil milhões entre junho e julho, um aumento que só muito parcialmente é explicado pelo aumento dos depósitos do Estado (os famosos cofres cheios). Ou seja, a dívida do Estado voltou a aumentar para um patamar que é superior, por exemplo, ao valor com que se encerrou o ano de 2014. Segundo cálculos do Jornal de Negócios, o peso da dívida no PIB segundo os critério de Maastrich fixou-se nos 128,7%, mantendo-se próximo do máximo histórico apurado no final de 2014 (130,2%).
Do lado das famílias e empresas o andamento foi distinto face à evolução no Estado. Tanto os particulares como as empresas reduziram, em termos nominais, a sua dívida global entre junho e julho de 2015. Entre as empresas, o setor da construção foi dos poucos a registar algum crescimento significativo da dívida entre junho e julho. Adicionalmente, por dimensão, apenas as médias empresas aumentaram o nível de endividamento em julho. Entre as famílias foi a redução do stock de crédito à habitação que mais contribuiu para a redução da dívida.
Ao todo o setor privado mais as famílias acumulavam uma dívida, em julho de 2015, correspondentes a cerca de 235,9% do PIB. Um valor, ainda assim, muito superior ao apurado para o Estado.
No conjunto, o total do endividamento do setor não financeiro aumento em cerca de €550 milhões entre junho e julho de 2015
Pode encontrar estes e mais detalhes no Boletim Estatístico de setembro de 2015 do Banco de Portugal.
O texto foi revisto às 14h54m de 21 de setembro de 2015 tendo-se eliminado a expressão “aumentou” sobre a dívida pública calculada em percentagem do PIB.