Depois de um período de vários meses em que os níveis de confiança dos consumidores portugueses recuperam atingindo máximos históricos (março de 2015), os últimos três meses trouxeram uma degradação neste indicador. Desde o final de 2012 que o indicador de confiança dos consumidores não registava pelo menos três meses em queda.
Segundo o INE, “em junho, a redução do indicador resultou sobretudo do contributo negativo das expectativas relativas à evolução da poupança, mas também das perspetivas sobre a situação financeira do agregado familiar e a situação económica do país.“
Note-se que sem se considerar a média móvel a três meses usada para determinar o indicador, o cenário seria mais animador dado que os indicadores mensais de maio e junho revelaram uma ligeira melhoria, ainda assim insuficiente para anular a queda de confiança em abril. Se o próximo mês não for tão mau quanto abril, o indicador deverá recuperar.
Quanto às empresas os sinais são mistos. Junho trouxe melhorias na confiança na Indústria Transformadora e nos Serviços, uma estabilização no Comércio e diminuição na Construção e Obras Públicas. Em termos globais o indicador de clima económica melhorou ligeiramente.