Eis que nascem as Contas Regionais do INE na nova geografia nacional em vigor desde 2015, com elas o INE fica capacitado para dar nos oferecer um retrato regular sobre alguns indicadores importantes relativos à geração de riqueza por regiões segundo a nomenclatura europeia em vigor.
Contas Regionais
O INE informa que “Contas Regionais (CR) de acordo com a nova geografia territorial, NUTS 2013, para o período de 2012 a 2014. Estes resultados são consistentes com os dados das Contas Nacionais divulgados anteriormente para o total do país, tendo uma natureza final para os anos 2012 e 2013. Para 2014, é divulgada uma versão sintética das CR, de carácter preliminar, consistente com os resultados das Contas Nacionais Trimestrais divulgadas no passado dia 23 de setembro. A nova série de CR em NUTS 2013 ficará completa com a divulgação dos anos de 2000 a 2011, que deverá ocorrer em 31 de março de 2016.“
Eis alguns dos dados disponibilizados:
“(…) Em 2014, o PIB nacional registou um acréscimo nominal de 1,9% e real de 0,9%. Estima-se que o PIB tenha crescido nominalmente acima da média nacional no Algarve (2,2%). A Região Autónoma dos Açores (1,8%), a região Centro (1,7%) e a Região Autónoma da Madeira (1,3%) apresentaram crescimentos nominais inferiores aos do país e as restantes regiões (Norte, Área Metropolitana de Lisboa e Alentejo) evoluíram em linha com a média do país (1,9%).
(…)
“A coesão regional é normalmente avaliada através da expressão atingida pelas assimetrias regionais do PIB per capita e da produtividade [Produtividade avaliada pelo quociente entre o PIB e o número de indivíduos total] , no contexto do país e da União Europeia (UE).
(…)
A implementação da nova NUTS, e tendo o ano de 2013 por referência, conduziu à diminuição da disparidade regional do PIB per capita ao nível da NUTS III, traduzindo quer a diminuição dos índices mais elevados e aumento dos índices mais baixos, quer o aumento da mediana, que passou de 81,22 para 83,8 na NUTS 2013. Tal facto deveu-se à diminuição do número de NUTS III nas regiões Norte e Centro e sobretudo à agregação da antiga região da Península de Setúbal (75,1) com a Grande Lisboa (163,2) dando origem à nova NUTS III Área Metropolitana de Lisboa (137,1).
(…)
Considerando as regiões NUTS II, em 2013, a Área Metropolitana de Lisboa foi a única região a ultrapassar a média nacional, com um índice de 137,1, enquanto as restantes NUTS II apresentaram índices inferiores à média nacional, em especial o Norte com um índice cerca de 17% abaixo da média do país. Tendo por base as NUTS III, as assimetrias do PIB per capita entre as vinte e cinco regiões atingem a sua expressão máxima na comparação entre as regiões da Área Metropolitana de Lisboa (137,1) e do Tâmega e Sousa (61,9).”