Em outubro de 2015, e após ter registado um máximo desde junho de 2001, o indicador de confiança dos consumidores registou uma evolução negativa. O INE fala mesmo em inversão da tendência iniciada no início de 2013. Pela evolução da série (ver gráfico) é possível constatar que após um período de recuperação muito rápida da confiança dos consumidores no anos de 2013 e primeira metade 2014, esta passou a pautar-se por incrementos mais modestos e em velocidade decrescente parecendo agora – se não próximo da inversão – pelo menos de uma estabilização.
Note-se que este indicador de sentimento dos consumidores costuma ser particularmente relevante para condicionar a avaliação política dos governantes incumbentes por parte do eleitorado.
Ao nível dos indicadores de confiança das empresas nos vários setores a situação parece ser ainda mais clara a apontar no sentido de uma degradação das condições perspetivadas. Depois de vários meses de estabilização, o indicador de clima que sintetiza os indicadores de confiança das vários setores registou uma queda desenhando-se assim, de forma mais justificada, uma potencial inversão de tendência.
No mês de outubro de 2015, em concreto, o indicador de confiança diminuiu na Indústria Transformadora, no Comércio e nos Serviços e aumentou apenas entre as empresas de Construção e Obras Públicas.
A evolução esperada sobre as carteiras de encomendas, volume de vendas e procura global estão entre os principais fatores a justificar o maior pessimismo entre os empresários inquiridos pelo INE.