É certo que já não estamos perante crescimentos de dois dígitos, mas o soluço de abril parece ter sido apenas isso dado que a maioria dos indicadores de atividade turística surgem francamente positivos em maio de 2015. Este continua a ser o setor de atividade mais dinâmico e que mais tem contribuído para o equilíbrio da balança de bens e serviços com o exterior, um facto particularmente relevante quando a balança comercial (bens) vai registando sucessivas degradações.
Em termos de taxas de crescimento regional destacam-se os Açores que, com a abertura do espaço aérea à operação de companhias de aviação de baixo custo está a assistir a um enorme afluxo de turistas face aos valores registados em anos anteriores. Em sentido inverso constata-se que é a estagnação no Algarve (entre janeiro e maio) que está a impedir a manutenção de taxas de crescimento de dois dígitos para o total nacional registadas em anos anteriores. Ainda assim é adequado recordar que estamos perante taxas de ocupação média bastantes elevadas em termos históricos para o período em causa e para a região (taxa líquida de ocupação-cama de 46,6%, acima dos 45,8% de 2014 – registou-se uma redução da estadia média).
Eis o resumo oferecido pelo INE que acompanha o seu destaque sobre a Atividade turística:
“A hotelaria registou 4,6 milhões de dormidas em maio de 2015, traduzindo-se num acréscimo homólogo de 5,8%, superior ao de abril (+0,7%). As dormidas do mercado interno aumentaram 7,4%, contrariando a evolução do mês anterior (-4,9%).
Os mercados exteriores acentuaram a evolução crescente (+5,2% face a +2,8% em abril). Os hóspedes dos dois principais mercados, Reino Unido e Alemanha, geraram dormidas que se traduziram em aumentos de 6,5% e 11,7%.
A estada média reduziu-se (-2,1%, correspondendo a 2,68 noites), contrariamente à taxa de ocupação (48,4%; +1,1 p.p.).
Os proveitos também aumentaram (+6,5% para os proveitos totais e +7,0% para os de aposento) mas menos que em abril (+7,8% e +10,9%). O RevPAR fixou-se em 37,3 € (+3,1%).”