Euribor vai-lhe continuar a aumentar o rendimento disponível

Quem tem crédito à habitação ou empréstimo à sua empresa indexado à euribor a três meses está há cerca de um ano a beneficiar de uma taxa negativa que, na prática, tem vindo a reduzir o que paga pelo crédito.

Só não estará a receber dinheiro – em termos nominais – pelo crédito que pediu porque o juro que paga resulta da soma do spread à euribor e é muito improvável que haja já casos em que o spread seja inferior ao valor (negativo) da taxa. A novidade dos últimos dias é que a taxa a três meses voltou a bater mínimos históricos e que a taxa a seis meses também entrou em valores negativos.

A 12 de novembro de 2015 eis os valores nas principais prazos conforme consultado nos media:

• A 3 meses: -0,081%
• A 6 meses: -0,011%
• A 12 meses. +0,084%

Um devedor que tenha um crédito no qual pague um spread de 0,5% ficará assim com um juro final de:

• Spread + Euribor a 3 meses: 0,419%
• Spread + Euribor a 6 meses: 0,489%
• Spread + Euribor a 12 meses. 0,584%

Um devedor que tenha um crédito no qual pague um spread de 1% ficará assim com um juro final de:

• Spread + Euribor a 3 meses: 0,919%
• Spread + Euribor a 6 meses: 0,989%
• Spread + Euribor a 12 meses. 1,084%

Esta estará a ser uma das formas de recuperação de rendimento de algumas famílias (e redução de custos para algumas empresas) ao longo dos últimos meses, patrocinada em larga medida pela política monetário do Banco Central Europeu que já “ameaçou” aprofundar nos próximos meses visando estimular o aumento dos preços para um nível mais próximo dos seus objetivos.

Adenda: O reverso da medalha estará na remuneração da poupança de menor risco.