Tendo por base a informação recentemente publicada pelo Banco de Portugal é possível atualizar a resposta à pergunta “A que prazos têm os aforradores investido mais em depósitos a prazo?”
No gráfico que encabeça este artigo juntamos o stock de depósitos de particulares e de empresas não financeiras considerando as grandes agregações presentes na informação de base do Banco de Portugal. Utilizamos dados entre janeiro de 2003 e maio de 2014:
- Responsabilidades à vista (tipicamente depósitos à ordem)
- Depósitos até dois anos
- Depósitos com mais de dois anos.
Da análise das séries temporais surgem dois momentos em que claramente se reforçaram os depósitos a médio e longo prazo:
- entre o início de 2009 e meados de 2010;
- entre meados de 2011 e meados de 2012.
O andamento recente é mais estável mas aponta também para um crescimento moderado ainda que contínuo dos depósitos a mais de dois anos.
Recorde-se que, tal como indicado em “Taxa de juro de novos depósitos a prazo em maio de 2014“, neste momento as taxas de juro nominais estão em mínimos de quatro anos, remetendo precisamente para maio de 2010, contudo, hoje as taxas de juro reais são consideravemente superiores dado que a inflação é agora praticamente nula. Talvez por isso e porque a expectativa de evolução dos preços a médio prazo seja de que estes se mantenham praticamente estagnados, a tendência de aumento do aforro em depósitos a mais de dois anos se mantenha positiva. Isto ignorando todos os restantes fatores que influenciam as decisões de investimento/aforro dos residentes portugueses e da União aqui considerados junto da banca a operar em Portugal – como por exemplo a existência ou ausência de outras oportunidades com retorno atraente em termos de riscos/benefício.
Convidamos os nossos leitores a visitarem a página especializada em depósitos a prazo na qual apresentamos as taxas atualizadas para os cerca de 300 depósitos disponíveis para constituição que acompanhamos mensalmente no mercado português.