No sítio do INE, a propósito do Dia Internacional de Erradicação da Pobreza eis alguma informação sobre Pobreza em Portugal 2012/2013:
“(…) INE apresenta os resultados definitivos do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento realizado em 2013, sobre rendimentos de 2012, privilegiando uma análise sobre a condição particular da população infantil.
De acordo com este inquérito, 18,7% das pessoas estavam em risco de pobreza em 2012, o valor mais elevado no período iniciado em 2009.Nesse ano acentuou-se sobretudo a tendência de crescimento do risco de pobreza para as/os menores de 18 anos (24,4%, valor superior em 2,6 p.p. ao verificado em 2011).
A tendência para o risco de pobreza na população infantil ser superior ao da restante população é comum ao observado para a União Europeia (UE27), mas a distância entre as famílias com crianças dependentes residentes em Portugal e a média registada para o mesmo tipo de famílias na UE27, tem vindo a aumentar.
As crianças , grupo populacional com riscos de pobreza ou exclusão social superiores aos da população em geral desde 2010, foram as mais afetadas pelo aumento da pobreza ou exclusão social (mais 3,8 p.p. entre 2012 e 2013).
O risco de pobreza para as crianças diminuía com o aumento do nível de escolaridade completado pelos pais, sendo de 37,5% para aquelas com pais que não tinham completado pelo menos o ensino secundário, de 14,1% quando os pais concluíram o ensino secundário ou pós-secundário (não superior) e de 4,1% quando os pais possuíam habilitações académicas de nível superior. Esta condição está alinhada com o facto de, em média, o risco de pobreza para a população adulta diminuir com o aumento do nível de escolaridade.
O risco de pobreza para quem possuía habilitações ao nível do ensino secundário ou superior é cerca de metade do risco enfrentado por alguém que detém habilitações académicas inferiores ao ensino secundário. (…)”
Destacamos ainda que segundo o INE:
“Agravou-se a insuficiência de recursos da população em risco de pobreza
A taxa de intensidade da pobreza, que mede em termos percentuais a insuficiência de recursos da população em risco de pobreza, foi de 27,3% em 2012, registando-se um agravamento de 3,3 p.p. face ao défice de recursos registado em 2011 (24,1%) e de 4,6 p.p. relativamente a 2009. O valor de 2012 reflete ainda um agravamento considerável do distanciamento para a média na UE27, que tem registado valores estáveis, entre 23,4% em 2009 e 23,8% em 2012. (…)”