Foi divulgada a 6 de outubro de 2014 a segunda edição do OECD Regional Outlook 2014 que destaca como mote a comparação entre as regiões mais pobres e as regiões mais ricas dentro dos mesmo países/economia avançadas. Neste relatório a OCDE vai além dos agregados nacionais e detalha informação por regiões/cidades/municípios dentro dos vários países associados da organização e analisa perspetivas que permitam medir o grau de desenvolvimento e a sua desigualdade intra-regional. Uma das conclusões deste relatório indica que desde 2008 o diferencial de desigualdade entre as regiões mais ricas e as regiões mais pobres aumentou em metade dos países da OCDE. Ao longo do relatório apresentam-se vários diagnósticos e potenciais soluções de política para resolver os problemas locais identificados.
O relatório além de vários capítulos temáticos apresenta como geralmente sucede com os relatórios da OCDE algumas páginas dedicadas a cada um países membros. O relatório OECD Regional Outlook 2014 pode ser consultado gratuitamente online.
Sobre Portugal, além de se destacar a reforma administrativa ao nível das freguesias, a OCDE sublinha, por exemplo, que 55% da população portuguesa vive em cidades e que 39% vive me metrópoles (zonas urbanas com pelo menos 500.000 habitantes) o que confronta com uma percentagem de 49% como valor médio dos países da OCDE. Noutro indicador, Portugal é o 7º país com a maior disparidade interregional medida pelo PIB per capita dos países que compõem a OCDE. É também divulgado um indicador que atesta o centralismo do Estado português face a média da OCDE: a percentagem de despesa pública afeta a nível autárquicos é muito menor do que na média da OCDE, merecendo ressalva de que Portugal tem uma hierarquia de níveis de poder menor que muitos países da OCDE dado não ter níveis próprios de um estado federal ou regiões administrativas com poderes efetivos, além das regiões autonomas.
Apresentamos em baixo as duas páginas especificamente sobre Portugal desta publicação de quase 300 páginas.