Entre fevereiro de 2013 e fevereiro de 2014, o cabaz de preços no consumidor acompanhado pelo INE registou uma diminuição: caiu 0,1%, ou seja, a inflação homóloga atinge valores negativos. Em janeiro havia registado um aumento igualmente marginal de 0,1%.
A taxa de inflação propriamente dita (variação média anual dos últimos 12 meses) não registou variação entre janeiro e fevereiro, mantendo-se nos 0,3%, contudo, a manter-se este cenário de variações homólogas inferiores a 0,3% será uma questão de tempo até que o índice de preços no consumidor se aproxime mais um pouco de zero.
Na comparação com a média comunitária, o diferencial da inflação portuguesa (variação homóloga de janeiro) medida usando critérios comparáveis é inferior em quase um ponto percentual.
Segundo o INE, os custos com energia, transportes e vestuário e calçado foram os que mais contribuíram para a queda dos preços.
A perspetiva de terminarmos o ano com inflação próxima de 1% conforme previsto é hoje menos provável, parecendo mais plausível o cenário de praticamente não haver aumento de preços, em termos médios, em 2014. A perspetiva de se registar deflação permanece plausível.