Na sequência do Índice de Bem Estar em Portugal 2004 a 2011 divulgado no ano passado o INE divulga a atualização com o Índice de Bem Estar 2012 e 2013. Nesta edição o INE sublinha que o índice “apresenta uma redução em 2012 projetando-se a continuação desse agravamento para 2013“. Em suma, o Índice de Bem Estar deteriora-se em 2012 e 2013. Note-se que os dados de 2013 são ainda preliminares.
Ainda assim nem tudo terá evoluído negativamente ainda que as melhorias tenham sido muito mais ténues do que aquilo que se deteriorou nos últimos anos. O INE destaca melhorias em três das 10 componentes que integram o Índice de Bem Estar: Educação, Saúde e Ambiente e degradação muito expressiva nos domínios do Trabalho, Remuneração e Vulnerabilidade económica.
Tal como demos conta no artigo do ano anterior o INE divulga dois índices sintéticos que compõem o índice de bem estar, um sobre condições materiais e outro sobre qualidade de vida. Com os dados de 2012 e 2013 o INE destaca que estes índices evoluíram em sentidos opostos. O índice sobre as condições de vida piorou e o que mede a qualidade de vida manteve a tendência de melhoria que já existia antes de 2011 sendo que o ritmo de melhoria é agora muito menor.
Os índices sintéticos de condições de vida e qualidade de vida dividem-se eles próprios em várias dimensões de análise. Por exemplo, quanto às condições de vida, a componente relativa a trabalho e remuneração e a componente de vulnerabilidade económica têm-se degradado muito rapidamente.
Quanto às componentes do índice de qualidade de vida, predomina a estagnação ou as oscilações ligeiras, com alguma melhoria recente na componente de Segurança Pessoal e na componente de Participação Cívica e Governação e deterioração mais significativa na componente de balanço vida-trabalho.