O INE divulgou recentemente dados estatísticos sobre as empresas nacionais, segmentando por tipo de empresa considerando a evolução diferenciada de Sociedades de Elevado Crescimento (SEC) e de Sociedades Jovens de Elevado Crescimento (“Gazelas”), um sub-conjunto das primeiras mas com até 5 anos de atividade. É caso para dizer que o empreendedorismo já tem estatísticas oficiais em Portugal (2009-2012).
Em concreto eis as definições-chave:
Sociedade de Elevado Crescimento (SEC): Sociedade com um crescimento médio anual superior a 20% ao longo de um período de 3 anos, sendo o crescimento medido em termos do número de pessoas ao serviço remuneradas.
Sociedade Jovens de Elevado Crescimento (“Gazelas”): Sociedade até 5 anos de idade com um crescimento médio anual superior a 20% ao longo de um período de 3 anos, sendo o crescimento medido em termos do número de pessoas ao serviço remuneradas.
Nestas Estatísticas do Empreendedorismo, o INE detalha vários indicadores financeiros e de atividade e identifica várias diferenças de perfil em áreas chave das empresas. Por outro lado, procura identificar a evolução recente destas empresas nascentes procurando perceber como está a decorrer a sua infância. E neste exercício de análise à demografia das empresas o INE destaca que:
“Em 2012, mais de metade destas sociedades (SEC) concentrava-se nos setores das Indústrias transformadoras (21,7%), Comércio (19,6%) e Construção (13,2%), tendo cerca de 52% do seu VABpm sido gerado na região de Lisboa.
As Sociedades de Elevado Crescimento revelaram, também, algumas características diferenciadoras face ao total das sociedades, mostrando-se como sociedades de dimensão média mais elevada, tendencialmente mais exportadoras e com gastos mais elevados em Investigação e Desenvolvimento.
O número de Sociedades Jovens de Elevado Crescimento (Gazelas) registou, igualmente, um decréscimo no período em análise, contudo, é de salientar que a sua proporção no total das sociedades de elevado crescimento aumentou, atingindo os 19,5% em 2012, mais 2,3 p.p. que no ano anterior.”
Na leitura das 12 páginas da informação do INE destacamos adicionalmente este gráfico que nos apresenta a diferença de perfil face ao mercado externo: