O indicador de confiança dos consumidores registou em novembro o valor mais alto desde maio de 2010 e, nos últimos meses, tem evoluído em contra-ciclo com o indicador de confiança dos consumidores da globalidade da zona euro. Segundo o INE essa evolução positiva em Portugal foi mesmo reforçada em novembro.
Entre as empresas, as opiniões dos empresários dos sectores da industria transformadora, comércio e construção , ainda que de forma mais ténue, foi igualmente positiva, tendo-se batido, marginalmente, máximos de vários anos. Houve uma única exceção, ainda assim particularmente significativa pela sua intensidade: entre as empresas de serviços o cenário de confiança degradou-se nos últimos três meses tendo-se o mês de novembro marcado um agravamento dessa evolução recente. Segundo o INE “O comportamento do indicador em novembro resultou do contributo negativo das opiniões sobre a atividade da empresa e das perspetivas sobre a evolução da procura, mais significativo no primeiro caso, uma vez que as perspetivas sobre a evolução da carteira de encomendas contribuíram positivamente.“.
Damos particular destaque aos serviços porque a sua evolução foi suficientemente intensa para mais do que contrabalançar a evolução positiva dos restantes sectores, conduzindo o indicador de clima económico para uma queda neste penúltimo mês de 2014 (a primeira em quase dois anos).
Num perspectiva de curto prazo (iu seja não fazendo a análise através de médias móveis de três meses como surge nos indicadores acima citados), novembro revelou que os indicadores de confiança dos Serviços, da Construção e Obras Públicas e do Comércio diminuíram e apenas o da Indústria Transformadora melhorou.