O INE acaba de divulgar o primeira estimativa relativa ao PIB do 2º trimestre de 2013 e confirma a expectativa de que a atividade económica recuperou face ao que se havia registado no 1º trimestre de 2013. Pela primeira vez em cerca de dois anos e meio o PIB interrompeu a tendência de queda sucessiva, trimestre após trimestre para agora crescer 1,1%.
Contudo, o crescimento agora registado não é suficiente para que, numa base anual, o PIB tenha deixado de cair. Na realidade, o PIB do 2º trimestre de 2013 foi inferior em 2,0% ao PB do mesmo trimestre de 2012, uma indicação que em termos analíticos é mais informativa e útil como aqui demos nota em artigos anteriores (ver “Porque é que o conceito da recessão técnica é estúpido?”).
Contudo, sinaliza-se que o ritmo de queda é agora inferior o que é claramente uma boa notícia.
O INE não avança muitos detalhes explicativos nesta primeira estimativa preliminar mas indica que:
“(…) A diminuição menos intensa do PIB em termos homólogos no 2º trimestre traduziu sobretudo a redução menos acentuada do Investimento, com destaque para a FBCF em Construção, e a aceleração expressiva das Exportações de Bens e Serviços, em parte associada ao efeito de calendário relativo ao período da Páscoa (celebrada, em 2012, em abril e, em 2013, em março). (…)”
Por outro lado a nível europeu a Alemanha e, em particular, a França registaram um crescimento acima do esperado podendo com isto ter estimulado as economias vizinhas e, com isso, contribuido para uma melhoria geral dos resultados na zona euro e na União Europeia.