Temos quase 44.000 seguidores no Facebook e, de repente, com uma mudança de algoritmo promovida pelo Facebook, apenas uma ínfima fração destes passou a receber as nossas atualizações por lá. Onde até há 15 dias conseguíamos ter uma audiência média por cada atualização na ordem dos 4, 5 ou 6 mil leitores (ou mais em casos de maior “viralidade”) agora muito raramente conseguimos chegar aos 1.000 leitores e o mais comum é ficar pelos 500 ou menos.
Já sabíamos há muito tempo que o algoritmo do Facebook tinha critérios muito diferentes para promover na sua rede interna artigos com configurações distintas. Por exemplo, qualquer artigo que se publique com uma ligação acoplada que dirija os leitores para fora do facebook, é apresentada a muito menos “amigos” de que um de texto simples, ou que remeta para conteúdos interno à rede. A lógica é simples: o Facebook quer-nos dentro do Facebook para potenciar receitas de publicidade.
Discrimina positivamente quem “ofereça” conteúdo ao próprio Facebook e penaliza quem promova a “fuga”. Agora, resolveu levar um pouco mais longe a gestão da autêntica coutada que todos os seus utilizadores lhe ofereceram: ter muitos ou muitíssimos seguidores releva pouco, quem quiser de facto que o Facebook faça chegar as mensagens a esse público terá de pagar promovendo os artigos com anúncios. A jogada é arriscada pois para muitos (quantos?) ter de suportar a presença no Facebook sempre e exclusivamente pagando para poder chegar ao seu público, deixará de ser viável. O investimento não o justificará. Muitos chegarão a fechar portas, a falir à conta “apenas” desta mudança de algoritmo e, indiretamente, o Facebook sofrerá com perda de conteúdo e menor capacidade de gerar receitas indiretas (afinal, todos vemos anúncios no Facebook). Mas apesar deste risco, o Facebook, empresa agora cotada em bolsa e carente de apresentar um modelo de negócio atrativo e lucrativo, sabe que tem hoje uma comunidade imensa de utilizadores em todo o mundo e, provavelmente, acredita que é tão relevante na interação entre marcas e clientes que poderá “mugir” as marcas e transformar-se na proverbial vaca leiteira. No fundo, a mensagem do Facebook com esta mudança de algoritmo para as marcas comerciais é esta: “Nós somos donos dos vossos clientes. Pague para chegar a eles”.
Esta relação de intermediação oferecida pelo Facebook já vinha sendo ‘monetarizada’. No nosso caso, se quiséssemos passar dos até 6 mil leitores em média para os cerca de 44 mil de seguidores registados, já tínhamos de pagar e bem, na forma de artigo “impulsionado” pelo Facebook. E, naturalmente, se quisermos atingir mais do que a nossa comunidade mais teríamos de pagar. Mas, aparentemente, essa relação comercial que já estava disponível e que já se baseava nos mesmo princípios (“Nós somos donos do seu cliente”) não estaria a gerar o retorno suficiente para os desejos do Facebook e, como tal, resolveu tornar desinteressante para a esmagadora maioria das marcas com páginas, ter uma presença sem ter de investir em anúncios pagos.
Face a isto, há vários problemas que se levantam além dos descritos. Um deles é a definição de página comercial ou marca. Pelo que vemos, o “Economia e Finanças” que é uma página que se financia ela própria, essencialmente, de publicidade indireta que depende do tráfego no seu sítio (e como tal não vende diretamente bens ou serviços) teve o mesmo tratamento que qualquer grande marca comercial de retalho. Por muito que nos honre tal companhia de empreendedores, na prática, esta classificação do Facebook deita para o lixo a generalidade da comunidade de leitores que ao longo de anos fomos constituindo no Facebook. Os 44 mil seguidores são do Facebook, não são nossos. Conquistámo-los mas oferecemo-los. O intermediário que ofereceu a plataforma deixou de se contentar com uma fração suportável do valor e quer hoje algo que torna o negócio inviável, como faria um mafioso a pedir um valor excessivo pela “proteção”.
Como não andamos na internet há uns dias (são já mais de sete ano de “Economia e Finanças”) e como cedo percebemos o risco de centrar a nossa atividade dentro da coutada de outrem, sempre apostámos na diversidade de redes sociais.
Já vimos muitos negócios e sítios de notícias desaparecerem porque o Google mudou o algoritmo do motor de busca, ou porque foram penalizados por um administrador pouco consciencioso. Agora veremos o mesmo acontecer à conta desta alteração de algoritmo do Facebook. Em ambos os caso sofremos um dano importante, mas em ambos os casos cremos estar em condições de manter uma comunidade com uma dimensão crítica bastante para manter a nossa leve estrutura de custos, não profissionalizada a 100%. Para isso tem sido fundamental a diversidade de canais (e a redundância) através da qual nos chegam os nossos leitores. Além do Google e do Facebook a subscrição da nossa newsletter, o seguimento da nossa conta no twitter e os tradicionais RSS feeds continuam a ser alternativas relevantes.
Uma coisa é certa, a melhor reação face a esta “inteligência” do Facebook, no nosso caso, será o progressivo “desmame”. Conquistar novos seguidores via Facebook deixou desde já de ser prioritário e o destaque dado a métodos alternativos e mais eficazes de contato está em marcha. Ironicamente, a haver investimento no Facebook será para alertar os leitores para a necessidade de mudança e para as consequências desta mudança unilateral do Facebook. Mas notem que estamos em terreno minado e armadilhado. Afinal, o Facebook vê como maus olhos tentativas diretas de esclarecimento aos seus utilizadores. Dizer algo tão singelo como “O Facebook é vosso donos. Eis o que precisam de fazer para o deixar de ser” dificilmente será conteúdo aceitável para um anúncio.
Pela nossa parte, fica esta análise e a declaração de intenções. Continuaremos por aqui.
Em relaçao a tudo de bom que estes meios tem ,nao a duvida que se tem muito poder em controlar estes meios e se ganha muito dinheiro ,por mim nao sou fan do facebook nem criei nenhuma conta criaram me uma a qual desativei mas sei que tudo fica registrado .E muito importante haver uma grande informaçao pois isto ja esta num mundo de alienados desde cerbros artificiais e fazer download para computadores desde chipes obrigatorios para o cerbro ja vale tudo ja restam muitos poucos racionais e com valores e honestos ja desde a 1 guerra que em clinicas psiquiatricas se tentam controlar as mentes humanas .Agora restas aos poucos que ainda resistem a tais praticas mantermos a uniao e juntar esforços para mantermos os valores e racionalidade e nao nos deixarmos alienar e adoecer mentalmente deixando nos manipular por meios tao poderosos nao consigo mudar o mundo sozinho como me disseram em Toronto e ca mas juntos e divulgando nossa integridade e racionalidade teremos uma palavra a dizer contra todo o mundo artificial e fantasioso e perigoso comigo podem contar e sei com todos os nascidos em 1963 depois ja sera dificil mas e sempre salutar emitir opinioes conservadoras e nao de uma entropia geral ,mas temos de combater um fenomeno criado pelas grandes potencias que e o isolamento daqueles que nao se deixam manipular e manteem os verdadeiros valores da vida e nao cedendo aos interesses do capitalismo que sao o individualismo e o salve se quem puder e tempo de nos unirmos e combatermos o mal mais do que nunca .Estou a vossa inteira disposiçao ,um bem haja a todos e contem com minha visao e experiencia internacional um abraço a todos e a todas
Carlos
É por essas e por outras que eu subscrevo o que me interessa por RSS.
Tweeter, Facebook, Google são marcas que hoje estão cá em força, daqui a 5 ou 10 anos podem estar noutro nível. Mas com o RSS, na melhor das hipóteses, tenho de mudar de cliente, porque o protocolo, esse, não desaparece pela vontade de terceiros (só se o próprio sítio decidir deixar de publicar conteúdos por essa via).
RSS feed FTW!