Poucos dias após o governo ter revisto em baixa o cenário macroeconómico para 2013 e anos seguintes, vem agora, após a 7ª revisão da troika, reconhecer um agravamento ainda mais significativo dos principais indicadores. A taxa de desemprego, por exemplo, deverá atingir os 18,5% em 2014. No novo cenário macroeconómico espera-se que a taxa de desemprego em 2016 seja de 17,5%. Recorde-se que no cenário macroeconómico previsto na versão inicial do Memorando de Entendimento com a Troika assinada em 2011 a previsão para a taxa de desemprego em 2016 era de 9,8%.
O ritmo de destruição da geração de riqueza no país em 2013 será maior do que os 2% avançados há poucos dias pelo governo, devendo fixar-se numa queda do PIB de 2,3% (a previsão em outubro de 2012 era de -1%). Consequentemente, a dívida pública continuará a subir por conta de uma nova derrapagem do défice público cuja nova meta para 2013 será de 5,5% e não de 4,5%.
O objetivo de atingir um défice inferior a 3% deslizou mais um ano.