Na peça “FMI: “Ajuste orçamental não tem de ser levado ao máximo“” do Dinheiro Vivo são apresentadas várias declarações muito recentes de Christine Lagarde nas quais reconhece que o FMI se baseou em pressupostos errados pelo menos em dois momentos diferentes e relativamente a vários países sob intervenção atual do FMI, referindo-se à zona euro. Segundo o FMI – entidade da troika que poderá estar de saída da dita, em breve – era uma questão de honra reconhecer estes erros apesar de estes terem implicado uma reação violenta por parte dos restantes membros da troika.
Eis um excerto da peça citada:
“(…) “Não pensamos que seja preciso um ajuste orçamental brutal até ao máximo”, declarou a responsável do Fundo Monetário Internacional num encontro de economistas em Aix-en-Provence, no sudeste da França.”Temos de ter uma perspetiva a longo prazo”, acrescentou, referindo que os “erros”cometidos pelo FMI na sua avaliação de algumas políticas aplicadas em certos países foram uma consequência de parâmetros que mostraram não serem fiáveis.”Fizemos duas vezes”, disse Christine Lagarde a respeito da revisão por parte do organismo de planos orçamentais em relação a medidas destinadas a enfrentar a crise económica.”Fizemo-lo por escrito, fomos vilipendiados, mas é a tradição e a honra do FMI, dizer que estávamos errados”, disse a diretora do organismo.”Não previmos que fosse ocorrer uma grande crise de liquidez”, referiu, sublinhando que estão pela frente desafios em matéria de regulação da atividade do setor financeiro. (…)”