Desde março de 2009 que não se registava um aumento do peso das importações acima do das exportações e nesse trimestre terminado em março de 2009 o que aconteceu verdadeiramente foi uma queda das exportações superior a das importações. Para encontrar efetivamente um ritmo de crescimento das importações acima das exportações ép reciso recuar ao trimestre terminado em janeiro de 2009, ou seja, há 3 anos e meio.
O crescimento superior das importações face às exportações é contudo marginal, uma décima: as primeiras cresceram 3,3% enquanto as últimas 3,2%.
Na realidade as exportações estão em franca desaceleração. No trimestre terminado em junho haviam crescido 6,3% tendo agora registado um incremento de apenas 3,2% (sempre comparando com o respetivo período homólogo). Olhando apenas para julho as exportações cresceram 5,5% face a julho de 2012. As exportações continuam a ser muito mais dinâmicas no mercado extra-comunitário do que para dentro da União Europeia.
Quanto às importações o andamento foi de aceleração passando de um crescimento no trimestre terminado em junho de 2,1% para um de 3,3% no trimestre terminado em julho. Olhando só para o último mês e comparando com o ano anterior, verifica-se um forte incremento das importações de 10,5%. A reposição de stocks ao nível dos veículos e outro material de transporte e os combustíveis com origem na UE forma os principais impulsionadores deste aumento – recorde-se que nos últimos meses ocorreu a renovação de frotas no rent-a-car e em algumas frotas de taxis e um consequente incremento na venda de automóveis.
A taxa de cobertura desceu ligeiramente para 84,8%.
A publicação do INE nesta edição destaca detalhes para “o comportamento das exportações para quatro mercados Marrocos, Argélia, China e Brasil cujo peso relativo nas exportações portuguesas cresceu recentemente de forma muito significativa“.