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Sair do euro: meses de inferno mas melhores perspetivas a médio e longo prazo

A ler “Se Portugal ficar no Euro o desemprego vai crescer” no Negócios (opinião do austríaco Nenad Pacek, 42 anos, é o fundador da Global Success Advisors):

Um excerto (artigo de leitura livre a meio da tarde):

” (…) A chave, na sua opinião, está nos problemas relacionados com os desafios de competitividade do País?

Esse é o problema fundamental. Mas estas coisas não mudam da noite para o dia. É um processo que pode levar cinco, dez, quinze ou vinte anos. Mesmo que Portugal começasse amanhã de manhã, os resultados talvez só viessem em 2018, não antes. Mas o problema é agora. E o problema é a falta de confiança das pessoas, que não compram porque receiam vir a ficar sem trabalho. A prioridade para o Governo português deveria ser pensar como recuperar o crescimento, em vez de empurrar o país para mais austeridade. Mas infelizmente a troika impõe que se corte a despesa e que se trate da questão fiscal, quando, na verdade, isso não resolverá nada.

Qual seria a solução então?

Ter a sua própria moeda. Isso seria o mais fácil, porque se poderia emitir moeda, como os americanos e os britânicos. Mas causaria desvalorização. Portugal teria alguns meses de inferno, mas recuperaria a soberania monetária. Mas duvido que alguém o faça. As pessoas têm receio, porque seria muito disruptivo. Mas para o médio e longo prazo seria uma melhor solução. Só se pode estar numa união económica e monetária quando se é extremamente competitivo e se tem um sector exportador tremendamente forte e se tem uma balança corrente superavitária ou pelo menos equilibrada.  (…)”

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