O INE acaba de divulgar a terceira edição do Índice Sintético de Desenvolvimento Regional desta feita com dados relativos a 2009. Quem é fã da análise de componentes e multivariada fica desde já a saber que este índice considera três componentes (competitividade, qualidade ambiental e coesão) e integra mais de 60 variáveis de base psoteriomente sisntetizadas. A análise regional tem por base as 30 NUTS III (que são agregações de concelhos previamente estabelecidas politicamente).
Eis o resumo feito pelo próprio INE:
” Os resultados do índice global de desenvolvimento regional para 2009 evidenciam que quatro sub-regiões se situavam acima da média nacional: Grande Lisboa (região de Lisboa), Cávado e Entre Douro e Vouga (região Norte), e Baixo Vouga (região Centro). O desempenho alcançado pela Grande Lisboa, que se destacou face às restantes sub-regiões, advém de resultados superiores à média nacional nos três índices parciais que estruturam o índice global de desenvolvimento regional – competitividade, coesão e qualidade ambiental.
No que respeita à competitividade, quatro sub-regiões superavam o nível médio do país: Grande Lisboa, que se destacava, Grande Porto, Baixo Vouga e Entre Douro e Vouga. Neste índice, verificavam-se desempenhos mais favoráveis nos territórios metropolitanos centrados em Lisboa (Grande Lisboa e Península de Setúbal) e no Porto, integrando, neste caso, as sub-regiões Grande Porto, Entre Douro e Vouga, Baixo Vouga, Ave e Cávado. Na coesão, os resultados obtidos refletiam maior equilíbrio sub-regional do que os observados para a competitividade – metade das sub-regiões apresentavam um desempenho superior à média nacional – evidenciando-se um espaço continental central, com maior coesão, face às sub-regiões do Norte e do Sul e às regiões autónomas. Na qualidade ambiental, os dados permitiam constatar um retrato territorial tendencialmente invertido face ao verificado para a competitividade, com as sub-regiões do Litoral a apresentarem, em geral, menor qualidade ambiental. A Serra da Estrela apresentava o resultado mais elevado no índice qualidade ambiental.
Em 2009, o perfil regional mais comum, observado em 11 das sub-regiões portuguesas – cerca de um terço do total –, caracterizava-se por territórios menos competitivos e coesos do que o conjunto do país mas com uma qualidade ambiental superior à verificada ao nível nacional, traduzindo-se num índice global de desenvolvimento regional abaixo da média nacional.”
Mais detalhes sobre os resultados no sítio do INE (clique aqui para aceder).