A frase é do reputado analista Martin Wolf, é sobre os gregos e a Europa em geral e deve-nos fazer pensar a todos:
” Que incentivos têm os gregos para apoiar a reforma do governo e da economia se os benefícios ficarem indefinidamente nas mãos dos credores? Praticamente nenhum.”
E continua de forma ainda mais cristalina:
“Os loucos que emprestaram dinheiro sem fazer perguntas têm de partilhar a factura. Não podem agora esperar que os gregos os salvem das loucuras que eles próprios cometeram.”
Nada disto é incompatível com a inevitabilidade de reformarmos o Estado e a forma como gerimos as nossas empresas (sim, o nosso problema está longe de se limitar à esfera pública), nada disto desculpa erros próprios, mas estabelece a baliza adequada para aquilo que foi, é e deve ser a partilha do risco neste momento de crise ou num futuro momento de florescimento. Há por cá quem pugne em querer esquecer todos as faces do problema.
A ler o artigo na íntegra aqui: “Não há futuro risonho para o Euro“.
Parafraseando: Que incentivos têm os funcionários públicos em Portugal para apoiar a reforma do governo e da economia se os benefícios ficarem indefinidamente nas mãos dos privados? Praticamente nenhum.