Ter memória e conhecer a história é um bem inestimável e uma riqueza frutuosa. Em boa parte é a falta de memória e de amor pela história que leva políticos e eleitores a repetirem vezes sem conta erros e asneiras do passado e, claro ,a desprezarem pensar também com preocupações de médio e longo prazo. Abosultamente imperdível esta lição de história do professor Avelino de Jesus sobre o último incumprimento da dívida soberana pela Alemanha, na sequência da 2ª Guerra Mundial. Uma lição que deveria ajudar-nos a preparar o nosso futuro comum e a evitar dizer alguns disparate como os aventados hoje, com ligeireza, por Jurgen Stark do BCE.
“Um resgate alemão” no Negócios.
Um excerto:
” Acordo de Londres de 1953 sobre a dívida alemã é um estudo de caso muito interessante que tem interessado os estudiosos das situações de insolvência soberana para nas quais o tema do pagamento condicionado é incontornável
Ainda muito recentemente, o governador do Banco Central da Irlanda elaborou, publicamente, uma interessante reflexão sobre o pagamento condicionado do serviço da dívida soberana irlandesa2.
Para a presente situação portuguesas o estudo do Acordo de Londres também não deixa de ter uma enorme importância.
A ponderação da nossa situação leva-nos a sublinhar três exigências que a experiência alemã mostra serem incontornáveis:
1. A negociação da redução da dívida, o alongamento para um período adequado dos pagamentos e a redução dos juros para níveis moderados (próximos de 3,5%);
2. A entrada em acção de agentes políticos regeneradores, livres das responsabilidades pelas loucuras que provocaram o endividamento excessivo, com elevada capacidade negocial face aos credores;
3. A formulação e execução de uma política equivalente à desestatização/des nazificação da Alemanha que represente uma efectiva ruptura face ao persistente modelo estatizante que nos conduziu até aqui. (…)”
O que poderia eventualmente ser um artigo excelente, dada a perspectiva inovadora e até agora desconhecida do título, resulta infelizmente num artigo mal escrito e sem linha condutora, em que não se compreende o, se é que existe, raciocínio.