A inovação tecnológica pode destruir a necessidade de mais postos de trabalho para humanos oferecendo ganhos de produtividade cuja distribuição nem sempre é evidente como ganho de bem estar social, mas pode também ser a chave para sairmos de mais uma crise. Investir em idiotas e ter quem saiba reconhecer e implementar (com mais investimento) as melhores ideias é uma das formulas de sucesso mais comuns e mais experimentadas na nossa história. Pouco mudou neste campo ao longo de muito tempo. Esta pequena prosápia inspira-se numa notícia que lemos no jornal Público onde se descreve uma invenção recente, vinda da Alemanha, que se apresenta como um verdadeiro ovo de Colombo. Uma designer com francos conhecimentos de microbiologia arranjou forma de processar fios de tecidos resultantes de um base singular: o leite, em concreto um das suas proteínas (em conjugação com mais alguns ingredientes naturais). Está inventado o QMilch.
O resultado é uma fibra que concorre com a seda em suavidade, com o algodão em conforto e que bate aos pontos todos os tecidos existentes pela reduzida pegada ecológica envolvida em todo o seu processo de fabricação e posterior destruição. Fica a curiosidade de poder experimentar uma peça em breve e de constatar se estamos de facto perante mais um exemplo de sucesso do mecanismo de empreendimento com base na inovação.
Quando tudo parece inventado é proque tudo precisa de se reinventar.