Recorrentemente surgem estudos e declarações que referem a dimensão da economia paralela (boa parte dela não registada nas contas nacionais) em Portugal e noutros países. O mais recente exercício sobre o assunto deverá ser apresentado publicamente com detalhe nos próximos dias e terá sido encomendado pela Visa Europe e realizado por Friedrich Schneider, da Universidade de Linz na Áustria e pela A.T. Kearney. Segundo a Hipersuper, será apresentado no próximo dia 30 de Junho, em Lisboa, o estudo “Economia Paralela na Europa, 2010” que revelará dados para 12 países, entre os quais Portugal. Sobre Portugal, em concreto avança-se desde já que:
” (…) Em Portugal, a economia paralela representa 33 mil milhões de euros, ou seja, cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB), um valor muito próximo da média dos países da União Europeia e do Sul da Europa, onde a economia paralela representa mais de 2 biliões, aproximadamente 20% da riqueza produzida na Europa.
De acordo com o estudo, em Portugal 2,5 mil milhões de euros podem ser recuperados com a introdução de medidas que desburocratizem o sistema judicial, agravem as coimas e sentenças relacionadas com a evasão fiscal, dificultem o trabalho e as vendas não declaradas e limitem os pagamentos em dinheiro – os principais factores da economia paralela em Portugal. (…)”
Recorde-se que um dos estudos mais recentes sobre o assunto (Dezembro de 2010) que mereceu algum destaque público sugeria que a economia paralela em Portugal representaria em 2009 cerca de 24,3% do PIB, ver no Pùblico de então “Economia paralela representa 24,2 por cento do PIB português “.