Sem surpresa o BCE subiu hoje as diversas taxas de juro que cobra às instituições financeiras que a ele recorrem, tendo fixado a taxa de juro de referência para as principais operações financeiras em 1,25%, uma subida de 25 pontos base (de 1% para 1,25%).
Os mercados monetários vinham já antecipando esta subida e estarão agora a tentar decifrar que indicações para o futuro surgiram na conferência de imprensa posterior ao anúncio. O mais provável é que se repitam mais algumas subidas desta magnitude o que levará as Euribor a pelo menos duplicarem os valores em que se vieram a fixar ao longo de 2010. Veremos se assim é.
A principal justificação para a subida advém do objectivo de controlar a subida de preços (missão única do BCE), uma justificação que fará menos sentido em países como Portugal, onde boa parte da inflação registada se justifica pelo aumento dos impostos ao consumo e uma outra pelo incremento nos custos das matérias primas (combustíveis em particular) e muito pouco ou nada por via de uma pressão do consumo (a tal que poderia ser controlada por uma subida do custo do dinheiro) que está, aliás, em forte desaceleração ou mesmo em contracção.
Eis as taxas Euribor fixadas hoje no mercado monetário, anteriores à subida decidida há pouco pelo BCE (Fonte: Banco de Portugal):
Operações principais de refinanciamento (Taxa fixa) | 1% (subiu para 1,25%) | |
EURIBOR 1 Mês | 1,039% | |
EURIBOR 3 Meses | 1,28% | |
EURIBOR 6 Meses | 1,585% | |
EURIBOR 12 Meses | 2,042% | |
EONIA (6-Abr-11) | 0,559% |
Consultar Taxas de Juro (Banco de Portugal)