Será que os críticos que vinham defendendo há muito que se estava a perder tempo com tibiezas e/ou com moralismos deslocados, provocando um exacerbar perigoso e doloroso da solução da crise da dívida soberana afinal tinham razão?
“De acordo com os instrumentos do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) teoricamente já é possível que um Estado receba dinheiro e o use posteriormente para recomprar a sua dívida, normalmente com um desconto significativo”, afirmou hoje o porta-voz do ministro das Finanças da Alemanha, Martin Kotthaus, em conferência de imprensa, citada pela Reuters.
Berlim parece assim ter mudado de posição, já que até agora estava contra a ideia de os países usarem as verbas do FEEF para comprar obrigações no mercado secundário.
O responsável alemão disse ainda que não “existem tabus” sobre soluções diferentes para travar a crise de dívida no espaço da zona euro. (…)”
In Diário Económico.