Segundo o Diário Económico temos novidades na história dos sacos de plástico. Depois de uma tentativa frustrada de obrigar à cobrança directa dos sacos de plásticos em todas as superfícies comerciais, o legislador (via grupo de deputados do PS) volta a tentar regular a questão usando uma alternativa à primeira abordagem mas que em termos económicos é semelhante: em vez de cobrar os sacos a quem os usa, dá-se um desconto a quem os dispensa. Será uma ilusão monetária que talvez tenha sucesso no sentido de não irritar tão facilmente os utentes habituais de sacos de plástico. Mas como operacionalizar a coisa? Admite-se que cada 5€ de compras exigiriam um saco, se gastar 5€ em compras e não usar sacos do fornecedor pagará menos 5 cêntimos na factura.
Pessoalmente reciclo todos os sacos que sobrevivem intactos e servem para acondicionar o lixo doméstico, separando-o por tipos. Se passar a pagar conscientemente pelos sacos de plástico no supermercado, provavelmente moderarei o consumo dos ditos mas terei de resolver o problema de como acomodar o lixo que pretendo reciclar. Provavelmente irei comprar mais sacos, talvez outros sacos que aparecerão noutras estatísticas. Mas isto é cá comigo, pessoalmente, como escrevia. E também pessoalmente apostaria as energias do legislador na redução do tamanho das embalagens, tantas e tantas que servem apenas propósitos de marketing e muito pouco as necessidades de embalagem daquilo que propriamente contêm. Não seria uma forma bem mais eficaz de redução do volume do lixo (e da necessidade dos próprios sacos) e de redução dos impactos ambientais desfavoráveis? Começar na fonte…
Parece-me é que certos legisladores querem arranjar distracções mediáticas, para não se discutir tanto a situação do país.