A frase já vai fazendo escola e só com um I o I de Itália (e pouco). Por enquanto brincamos com esta ironia da natureza com alguma parte de Portugal, Itália, Grécia e Espanha (os tais PIGS) a poderem perguntar no gozo ao resto da Europa “Onde é que se pode apanhar um avião?“. Mas o consolo anedótico é piada seca com resíduos vulcânicos à mistura. A Europa sufoca e regride ao início do século XX. Era uma vez um polo da globalização que perdeu as asas. Onde está o Sol?
Entretanto vamos “poupando” em emissões de jet fuel que, suponho, não compensarão as injeções sucessivas de poeiras primordiais que o monstrengo islandês manda direto dos infernos para os céus. Parece que, para já, a poeira não interfere (muito) com as emissões de satélite; virtualmente continua tudo na mesma. Teme-se apenas que os próximos meses e, quem sabe, anos sejam mais fresquinhos. A agricultura mundial provavelmente não terá tempos de glória. A olho nu este Eyjafjalla, monstrengo islandês, (ainda) não é o Pinatubo mas conta-se que poderá ainda não ter terminado a sua história. Enfim, eventos que não tenhamos vivenciado recentemente. Quando a terra espirra a vida não passa impune.
Vai uma uva do Chile comprada na Covilhã? É aproveitar, meus amigos que já vejo uma poeira aqui do cima da Serra.
Este artigo procurou respeitar o novo acordo ortográfico.