Na Bloomberg e no Business Insider, pouco depois de se conhecerem os resultados dos stress tests, depressa surgem referências a quem questione a credibilidade dos ditos ou ponto de os rotularem de anedotas. Para mim é evidente (recorde-se o que aqui escrevemos em “BPI: de besta a bestial“) que estamos no meio de uma guerra fria contra incertos; aqueles que têm sempre a ganhar com a manutenção de um ambiente de temor permanente. O mesmo temor que impede juizos ponderados e verdadeiramente informados.
Os testes poderão não impôr o cumulo da transparência, mas dificilmente podem ser vistos como outra coisa que não um passo importante no sentido da clarificação, algo alias por generalizar a nível das economia mundiais. A partir de hoje haverá um termo de comparação, de hora em diante será mais provável que o caminho se faça no sentido de divulgar e de permitir o escrutínio do que de mitigar, esconder e ludibriar.
Depois de vários dias de contra-informação (muitos tinham um palpite e/ou certezas claras sobre quem iria falhar) causa pouca surpresa o recurso à tentativa de descrédito. Aquilo que antes era clamado como indispensável, é agora analisado como insuficiente, um cenário que não é novo para quem tem acompanhado as tentativas de satisfazer agências de rating e demais oráculos do mercado. Em suma, os mercados continuam a ser “sítios” perigosos e dominados por sentimentos voláteis e respectivos manipuladores, por outras palvras, o sistema está ainda a atravessar uma singularidade no seu “espaço-tempo”: as leis actuais (as que os livros traçavam como a excepção) persistem como leis universais.
There is a war meus caros e tudo pode acontecer, até o indizível mesmo que ande a ser dito apenas em chinês traduzido naquilo que é apenas outra batalha da mesma guerra.