A melhor forma de evitar a subida dos spreads dos empréstimos bancários é… não pedir empréstimos aos bancos. O dinheiro tem um custo e este ameaça subir significativamente mesmo antes de a Euribor retomar a sua esperada subida.
Aquilo que quer comprar dar-lhe-á um retorno maior do que a taxa de juro que vai pagar pelo respectivo empréstimo? Já simulou cenários financeiramente menos desafogados para ver até onde será capaz de sustentar o empréstimo que se prepara para fazer?
Delineou estratégias de fuga se a coisa der para o torto (não estamos a pensar em fuga às dívidas note bem)? Quanto custam e o que implicam?
Pedir dinheiro ao banco para comprar um bem não é, nem deve ser encarado como um ato tão natural quanto respirar, deve ser sempre ponderado como um de vários recursos possíveis para seguir um determinado percurso de investimento ou de consumo.
Como já aqui foi referido há cerca de dois anos em “Sugestão: Pedir dinheiro emprestado à família“, talvez não seja uma má altura para ponderar soluções mais familiares, pode ser que tenha a sorte de ter alternativas bem mais económicas e sustentáveis perto de si. E pode até ser que ganhe gosto pelas vantagens de ser capaz de poupar.
Como é que pode ser maior vergonha pedir emprestado à família do que ir pedir ao banco? Às vezes parece. Mas não fará mais sentido oferecer uma taxa de juro simpática (sem o spread) ao seu familiar que provavelmente não a conseguiria obter no tradicional depósito a prazo?
Permanece muito atual este texto que apresenta o empréstimo dentro da família como uma win-win situation:
” Does the idea of hitting up family or friends for cash make you cringe? You may be forgetting that the people close to you might actually be happy to loan you money.”
Artigo completo aqui.
e eu a pensar que neste post estava a formula mágica… !
Mas tem toda a razão
It’s a kind of magic 🙂