Segundo os dados mais recentes divulgados pelo IGCP (Novembro de 2010) continua a registar-se uma fuga acentuada dos certificados de aforro (a rondar os 169 milhões de euros) sendo que os certificados do tesouro apenas cativaram mais 25 milhões de euros do que no mês anterior. As contas quanto às saídas líquidas são fáceis de fazer.
No acumulado do ano temos uma redução de dívida em certificados de aforro na ordem dos 1 137 milhões de euros para uma captação via certificados do tesouro de 452 milhões de euros.
Ora acreditando que as pessoas estã ode facto a privilegiar a constituição de poupança e a redução das dívidas parece que o Estado está a perder atractibilidade apesar das condições serem aparentemente favoráveis.
Atendendo à elevada remuneração associada aos prazos mais longos característica dos certificados do tesouro como explicar esta redução de investimento em dívida pública por parte dos particulares?
Estaremos a assistir a uma maior aversão ao risco de emprestar dinheiro ao Estado por parte dos próprios cidadãos?