O INE acaba de divulgar os dados trimestrais (Junho a Agosto) relativos ao Comércio Internacional a apresenta boas notícias. Depois de meses de aproximação entre o ritmo de crescimento das exportações e das importações, no último boletim as exportações voltaram a acelerar – 14,2% em termos homólogos – enquanto as importações desaceleraram crescendo 10,0%. Com isto, a taxa de cobertura (exportações sobre importações), no trimestre, fixou-se nos 63,9%, um valor superior aos 61,5% registado no período homólogo.
Este primeiro indicador que engloba já 2 meses completos do 3º trimestre, justifica moderadas expectativas positivas, mas positivas, ainda assim. Mais detalhes aqui no INE.
No turismo, as indicações também são animadoras.
Ainda agora Paul Krugman alertava para o facto de, matematicamente, não poderem todas as nações do mundo apostar na exportação. Dito de outra forma: se uns melhoram a sua balança comercial, outros têm que a piorar.
Parece-me que este “progresso” da balança comercial portuguesa não poderá ter pernas para andar. Os cortes no consumo de bens importados na cintura “pobre” da União Europeia, que afectam em grande medida as importações de produtos vindos dos países do centro “rico” da UE, vão-se reflectir negativamente na situação económica desses países, e irão pôr rapidamente um travão à expansão das nossas exportações.
Ou me engano muito, ou vamos ter aí um 2011 igual a 1932, com muitas falências de bancos. 2008 já tinha sido parecido com 1929…