Sem retirar a crítica que fiz e faço ao considerável aumento real dos funcionários da administração pública promovido em Outubro passado pelo actual governo (2,9% em termos nominais) quando facilmente se conseguiria antecipar um cenário de inflação muito baixa (provavelmente negativa no final do ano segundo o Banco de Portugal) e de significativa necessidade de intervenção do Estado em vários sectores e grupos sociais com o consequente endividamento e exigência de recursos que eram já em situação de normalidade escassos, consigo ver muita bondade nos argumentos acutilantes de Avelino de Jesus contra a descida salarial e em prol da maior flexibilização laboral. Eis alguns excertos:
“(…) O custo médio da hora de trabalho é em Portugal de €11/hora, contra €22,4 em média na Europa. Por sua vez, a produtividade aparente do trabalho é $27,3/hora em Portugal e $43,3 entre os nossos parceiros europeus. A produtividade representa 63% do nível médio europeu enquanto o custo do trabalho atinge apenas 49% da média da Europa.
(…)
A produtividade aparente do trabalho resulta mais da organização e opções empresariais do que da habilidade intrínseca do trabalhador. A produtividade é, acima de tudo, um problema da gestão como o atestam as enormes – e às vezes espectaculares – diferenças que registamos entre as nossas empresas. Num número muito significativo de casos, mesmo com pessoal com reduzida educação formal – porém, sujeitos a adequados enquadramento e formação interna – os trabalhadores propiciam à empresa fortes produtividades. (…)
A falta de liberdade no mercado de trabalho (…) tem sido um importante factor de repressão salarial. Criou-se e expandiu-se a ideia da preferência pela segurança em vez da liberdade e da mobilidade. Aqui as vetustas corporações, tanto sindicais como patronais, têm estado tacitamente de acordo no essencial: baixos salários em troca de um mercado altamente regulado e protegido. (…)”
Concordo pefeitamente que a descida salaria é uma ideia socialmente injusta mas, sobretudo, é uma proposta economicamente absurda. Discordo em absoluto, com a flexibilização qundo é sinónimo de escarização laboral e ausência de direitos minimos, quando já se sabe que o trabalhador é semptre a parte mais fraca da negociação.
O mercado laboral da oferta e da procura longe de ser perfeito, na mente de alguns o que deveria verdadeiramente ser era um mercado do tipo chiclete (usa, mastiga e deita fora)!
Concordo pefeitamente que a descida salarial é uma ideia socialmente injusta mas, sobretudo, é uma proposta economicamente absurda. Discordo em absoluto com a flexibilização quando esta é sinónimo de escravização laboral e ausência de direitos minimos, quando já se sabe que o trabalhador é semptre a parte mais fraca da negociação.
O mercado laboral da oferta e da procura longe de ser perfeito, na mente de alguns o que deveria verdadeiramente ser era um mercado do tipo chiclete (usa, mastiga e deita fora)!
Embora nos custe a admiti-lo, a realidade é que de facto somos um país com baixa produtividade. Não só ao nível do trabalhador, como também ao nível do gestor. Mais uma vez, uma questão de mentalidade que urge mudar… E para tal, parece-me, é fundamental entender o nosso papel no meio de tudo isto.
É um cliché dizê-lo, mas aqui aplica-se como uma luva: o trabalhador deve entender que, ao dar o máximo de si para enriquecer o negócio do seu patrão, está ele próprio a criar uma base sólida para o seu futuro. O patrão deve entender que, ao proporcionar melhores condições ao seu funcionário, está a investir na capacidade produtiva dos seus trabalhadores, o que leva a um crescimento do seu negócio.
É estranho, mas é uma situação Win-Win. Então porque não vemos isso acontecer? Porque é necessário que ambos os intervenientes tenham essa visão e tomem essa atitude em simultâneo. Caso contrário, se o trabalhador der o máximo de si e não for justamente recompensado, ou se o patrão der as melhores condições possíveis aos seus funcionários mas a produtividade não aumenta (ou até diminui), já todos nós sabemos para onde converge este processo…
In http://costarochosa.blogspot.com/2009/03/solucao-passara-por-descer-os-salarios.html
A produtividade neste país apenas não tem aumentado mais porque os ilustres decisores políticos e gestionários pouco fazem nesse sentido. Há trabalhadores improdutivos, decerto, e muitos até porque observam que o esforço e abnegação não compensam, quando quem recompensa prefere premiar o compadrio e o estilo yes-man. É uma relaidade dura que poucos querem ver, e menos ainda enfrentar!
Políticas da eufemistica moderação salarial também não ajudam, sobretudo, quando se verificam lucros, por vezes escandalosos, e pouco ou nada é repartido pelos colaboradores e trabalhadores! Opções gestionárias deste calibre são o timbre de muitas empresas deste feudo. Poucas são as que fogem a esta regra.
Por isso o mercado chiclete laboral vinga com toda a força, e no actual contexto e pior á medida que fica “gasto” limita a capacidade de absorção de mais mão-de-obra capaz e quandoo faz remunera-a ao preço da chuva, mesmo que detenha qualificações bastantes.
A explicação da usura e e altos salários de uma dita alta gestão, muitas vezes mediocre, é que é deveras ilógica, sobretudo, se atentarmos a padrões europeus, para não ir mais longe!
A produtividade neste país apenas não tem aumentado mais porque os ilustres decisores políticos e gestionários pouco fazem nesse sentido. Há trabalhadores improdutivos, decerto, e muitos até porque observam que o esforço e abnegação não compensam, quando quem recompensa prefere premiar o compadrio e o estilo yes-man. É uma realidade dura que poucos querem ver, e menos ainda enfrentar!
Políticas da eufemística moderação salarial também não ajudam, sobretudo, quando se verificam lucros, por vezes escandalosos, e pouco ou nada é repartido pelos colaboradores e trabalhadores! Opções gestionárias deste calibre são o timbre de muitas empresas deste feudo. Poucas são as que fogem a esta regra.Por isso, o mercado chiclete laboral vinga com toda a força, e no actual contexto é ainda pior, à medida que fica mais “gasto” e é limitado e auto limita a capacidade de absorção de mais mão-de-obra capaz, e quando não o faz ou é obrigado a fazê-lo, quer remunera-la ao preço da chuva – mesmo que aquela detenha qualificações bastantes.
A explicação da usura e dos altos salários de uma dita “alta gestão”, – na realidade muitas vezes medíocre, – é que é deveras ilógica, sobretudo, se atentarmos a padrões europeus, para não ir mais longe!
Parece-me ser essencial notar as três tendências em vigor no Mercado de Trabalho (ver no link abaixo quais são).
A alteração da legislação é mais do que necessária, caso contrário teremos uma solução pior que é a fuga para a informalidade.
http://mercadopuro.blogspot.com/2009/05/crime-e-castigo.html
A produtividade baixa deste país não se deve a pouco trabalho dos “trabalhadores”, mas sim à incompetência da gestão.
Pretende-se colmatar essa incompetência obrigando o remador a remar mais…acontece que o remador já deu tudo o que tinha para dar!!!
Ainda não perceberam isso!!!
é a vez da gestão!!!