A proposta surgiu na Irlanda, um dos países mais afectados pela actual crise económica e financeira, como se pode ler nesta peça do Jornal de Negócios: “Irlanda corta salários dos funcionários públicos para reduzir o défice” – os salários dos funcionários públicos serão cortados em cerca de 15% a 20%. O elevado défice público é uma das principais motivações.
E nós por cá? Temos elevado défice público? Sim. Temos melhores condições do que a Irlanda para voltar à normalidade sem cortar despesa e/ou aumentar impostos?
Nós por cá vamos pondo as barbas de molho e a poupança no banco, que isto de receber aumentos reais (sem promoções e progressões) de 4% num ano, não deve ser cenário que abunde na próxima década (tal como não foi na anterior).
Onde cortar na despesas pública se se descobrir que o fim dos auxílios temporários em momento de crise e a recuperação das receitas fiscais com o abrandar dos problemas, não será suficiente para tapar o buraco? Um político previdente e responsável, seja de que quadrante for, deveria estar a pensar seriamente neste cenário, é que há quem diga que é (será) inevitável. Mais certo que o TGV.