O INE acaba de divulgar o relatório anual com os principais Indicadores Sociais do país (dados de referência relativos a 2008).
Discretamente, no interior da publicação podem-se encontrar alguns indicadores de síntese sobre a pobreza em Portugal ao longo de 2008. Da comparação com os anos anteriores verifica-se que o número aumentou. Por exemplo, a taxa de risco de pobreza antes de transferências sociais subiu em 2008 retomando o valor registado em 2005 (41% da população). A mesma taxa após se considerarem transferências relativas a pensões também aumentou de 24% em 2007 para 25% em 2008. Apenas na situação em que se consideram todas as transferência sociais se obtem uma estabilização do número de pobres em torno dos 18%.
Ass transferências socias são cada vez mais importantes para amenizar a situação de partida contribuindo provavelmente também para a redução significativa dos índicadores de desigualdade que se vem registando de forma continuado pelo menos desde 2005 (Coeficiente de Gini; Desigualdade na distribuição de rendimentos (Rácio S80/S20) e Desigualdade na distribuição de rendimentos (Rácio S90/S10)).
Fica o destaque sobre a pobreza mas há pano para mangas na publicação de 207 páginas hoje publicada.
Nota: Este é o meu primeiro texto no Economia & Finanças. Conto não os desiludir procurando manter os níveis de rigor e de relevância que têm pautado os artigos que tenho lido por aqui. Critiquem à vontade 🙂
Ao vosso dispor,
Mapari.