“Levanto-me, trabalho, como e durmo. Para já, é a única opção.” No banco, onde está há nove anos, tem um ordenado acima da média. Mas os 930 euros por mês deixaram de ser suficientes quando, por volta dos 30 anos, passou a suportar os encargos sozinha. Diz que nunca teve dificuldade em encontrar em emprego. O da loja, que paga o carro, é mediado por uma agência de trabalho temporário. “Hoje em dia, ter carro e casa só é acessível a um casal.” Ou a quem também trabalha ao fim-de-semana (…) O dinheiro não será a única motivação de todos os que procuram um segundo emprego.
O retrato traçado pelo INE denuncia, contudo, que os salários baixos ainda são muito frequentes. Apesar de uma significativa quebra – de 7% no ano passado -, os dados relativos ao ano passado apontam para a existência de mais de 1,6 milhões de pessoas com um rendimento mensal inferior a 600 euros. O equivalente a 42% de todos os trabalhadores por conta de outrem.
in Diário de Notícias
O Diário de Notícias leu os últimos dados do INE sobre o Emprego e apresenta hoje uma pequena reportagem que acaba por colorir e humanizar os sempre frio números e estatísticas. Cerca de 340 mil portugueses têm mais do que um emprego, muitos deles para conseguirem que os recursos obtidos sejam suficentes para equilibrar o orçamento no final do mês. Recomenda-se a leitura do artigo do DN e uma espreitadela às estatísticas de Emprego do INE.
Pois é, este tipo de situações, fazem “colorir” os dados estatísticos na área do emprego em Portugal, como muito bem, é referido!
Atrever-me-ia a afirmar que os números reais, superam os referidos. É que muita gente não assume a situação, por constrangimentos vários, nomeadamente o chamado trabalho de “gancho” ao fim de semana, por razões óbvias, designadamente fiscais. Neste sentido, os números do INE, serão sempre uma falácia! É que num país onde a economia paralela, atinge os 20% ou mais, não há estatística que resista, venha ela do INE ou doutro qualquer observatório!