Enquanto lia o artigo de ontem de Pedro Santos Guerreiro, “O escandaloso negócio com Manuel Fino“, ocorreu-me várias vezes que este é um exemplo do que pode ser uma traição à pátria em tempo de paz. É muito dificil perspectivar um grande futuro para a nossa democracia quando o destino da riqueza que é de todos anda a ser gerida de forma tão descadaramente lesiva para o bem comum. Fico com a sensação de que defender a integridade e o sentido da ética na política e na vida quotidiana nunca foi tão relevante para o nosso futuro colectivo. A discussão ideológica nos parâmetros habituais é uma distracção perante a brutal necessidade de pessoas sérias e com sentido de dever e de cidadania disponíveis para governar o país.
Num registo ligeiramente distinto mas relaccionado com esta inquietação convido-vos a ler “Para mim fugir à Sisa era um acto de desobediência civil com as seguintes reticências“.