O ano passado neste artigo datado de Março, “Taxa de inflação para 2006 muito superior ao perspectivado pelo Governo”, apresentei um último exercício de previsão, muito grosseiro, para a taxa de inflação de 2007. Na altura previ que se fixasse nos 2,4% seguindo a metodologia utilizada para estimar a de 2006.
Hoje, o INE divulgou os números definitivos para 2007 e ficámos a saber que encerrou o ano nos 2,5%. Falhei por uma décima. Recordo que a previsão do governo ao tempo do Orçamento de Estado de 2007 apontava para os 2,1%. O erro neste caso foi de 4 décimas.
Este ano optei por não efectuar a previsão em Outubro como no ano passado mas apenas agora, após o encerramento de 2007 e após o pico da discussão política em torno do caso. O Governo repete o valor de 2,1% para 2008, eu atrevo-me a aumentar ligeiramente a previsão que fiz no ano passado apontando agora para os 2,6%. Repetindo o exercício grosseiro que fiz no ano passado, ou seja, imputando a 2008 as mesmas variações homólogas que ocorreram em 2007 chego aos 2,5% (na realidade 2,45%). Se imputar as taxas de variação em cadeia (variações entre meses consecutivos) o cenário aponta para uma inflação um pouco acima, na ordem dos 2,7%. Vale o que vale mas confesso que prefiro os 2,6% (uma “média” dos dois cenários) ao estimado pelo governo, um cenário que não seria aliás difícil de defender em meados de Outubro de 2007. Tanto assim é que face à evolução recente dos preços acho mais provável a minha previsão falhar por defeito do que por excesso.
Deixo-vos aqui o ficheiro de trabalho baseado na informação de base do Instituto Nacional de Estatística: Taxa de Inflação 2008
Vitor Constâncio é um “bluff”… Se não sabe fazer previsões então dê o lugar a quem erre menos.
Ola
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